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Posted by : Umeko-Mikan
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Retirei
esse texto de um blog de psicologia
Você
consegue lembrar-se da última vez que teve um desequilíbrio emocional, em que
as crenças em si próprio e as suas capacidades se escapuliram? Como é que
conseguimos manter as crenças que temos em nós de forma a vivermos menos
ansiosos e com mais alegria?Imagine as coisas que conseguiríamos realizar se
tivéssemos a crença que éramos capazes de nos propor a fazer qualquer coisa
(dentro dos limites do aceitável) para atingir os nossos sonhos e objetivos,
especialmente se conseguíssemos manter um nível de autoestima que não fosse
abalado perante nenhuma circunstância. O que é que você faria?
A autoestima surge da auto-imagem positiva que temos
de nós, é algo que de forma pro-ativa construímos. A autoestima não se
constrói na passividade, nem quando pensamos que vem dos acontecimentos
exteriores, a autoestima desenvolve-se no mundo real. O que se pretende é uma
construção sólida, e isto só é possível a partir do nosso interior.
Citação: “Pessoas com elevada autoestima são as mais desejadas
e, as pessoas desejadas em sociedade.” – Brian Tracy
Provavelmente você já passou ou está a passar por uma situação da sua vida em que se sente sobrecarregado, dia após dia as coisas vão-se acumulando (as que tem para fazer e o sentimento de responsabilidade daquelas que deixou por fazer), chegando a um ponto em que vê-se forçado a abrandar. Deixa de fazer algumas das tarefas habituais, adia um prazo de entrega de algo, falta a alguns compromissos. Vai-se instalando um sentimento de decepção, pode até chegar a desenvolver sentimento de culpa. O stress faz-se sentir e o desânimo aumenta. No entanto, você levanta-se de manhã com a intenção de fazer nesse dia o que deixou por fazer no dia anterior, mas verificando a dura realidade que não conseguiu cumprir com as expetativas.
Você começa a cair num ciclo vicioso de acumulação de trabalho, tendo a percepção de que necessita dar um empurrão nos seus compromissos e obrigações. A sensação de incapacidade, de aperto e desespero vai aumentando, prejudicando e diminuindo a sua autoestima. Em consequência do sentimento de alarme que foi accionado ao seu ego, o impulso é grande para a construção de justificações e desculpas sobre o problema instalado. No entanto, para aquele que tem um sentimento de falha, um sentimento de culpa e de incapacidade, outros sentimentos vão-se instalando, crescendo e minando a confiança em si mesmo. A probabilidade de cair no ciclo da procrastinação é grande, e este vício é um ótimo combustível para queimar a sua autoestima. Você criou um estado mental propício à auto-crítica, auto-avaliações negativas e descrença nas suas capacidades, aptidões e habilidades. Criou um estado mental auto-depreciativo, que é um misto de lamuria, descrença e auto-imagem negativa.
http://www.escolapsicologia.com/como-melhorar-a-auto-estima/
Às vezes penso que pensar bem de
si mesma é supervalorizado. Eu sou cosplayer, quero fazer fotos, quero sair
bonita, quero fazer um trabalho legal, quero que os cosplays saiam diferentes,
bons, quero que muitos olhem as fotos e tudo mais.
Mas e daí? Eu não vou me sentir
bonita, nem que todas as pessoas me disserem que eu sou (me desculpa eu tenho
um espelho xD sei o que estou olhando) só que isso jamais me impediu de fazer
um cosplay. Eu fico brava, choro, tenho vontade de parar tudo. Várias vezes
tive vontade de largar esse mundo por saber que não chegaria à lugar algum. “Cosplay
e jogar dinheiro na privada é a mesma coisa” alguém me disse, e eu me sinto
meio frustrada quando escuto esse tipo de coisa pois tenho medo de acreditar.
Mas na hora que estamos nos
divertindo noto que não é tão diferente de gastar 5mil yens em uma balada por
exemplo, ou em material de música, ou jogos de video-game (apesar que eu jogo
também xD) é um hobby, é divertido, me faz bem, me fez ter muitos amigos que
jamais imaginei que teria.
Eu gostaria muito de dizer à todos
que estão começando a fazer cosplay que sua autoestima poderá melhorar, que
você vai se sentir muito bem. Mas a verdade é que eu não me sinto assim, são
poucos os cosplays que eu faço que realmente gosto. Insegurança faz parte desse
mundo, não tem jeito. Me sinto insegura quando coloco fotos na minha página, ou
quando escrevo aqui, mesmo sabendo que não são muitas pessoas que leem.
Mas olhando para trás, percebi que
cosplay me ajudou com muita coisa. Aprendi novas skills (costurar, fazer props,
mexer com peruca, som, treinar me apresentar no palco e superar o medo de subir
nele, maquiagem, oh God maquiagem....) conheci muita, mas muita gente nova e
muita gente próxima à mim pelo simples fato de acharem que faz cosplay legal,
incentivou a minha dieta (jamais pensaria em tentar emagrecer ou me arrumar se
não fosse por cosplay).
Então, eu sei que é difícil
superar o fato de você não se achar a última maçã da cesta de frutas, você está
ali no meio, tem bananas e melões perto de você não tem? Eles não te fazem rir?
Então qual o problema de pagar um pouco de mico sendo tosco? Uma pessoa muito inteligente me disse "Você não precisa ser a melhor dos piores, mas pode ser a pior dos melhores" .
Vá até lá, pegue sua roupa
colorida, sua câmera, arrume seus cabelos e pinte sua cara, cole sua sobrancelha,
dance, cante em público, gagueje em rede nacional. Essa é a sua vida, você vai
pagar mico? Claro! Vai ficar tosco, sim, as vezes vai, mas quem liga? É melhor
ter vivido assim do que viver com uma vida cinzenta e sem emoções em tudo que é
seguro e invisível.
Quase todas as mulheres e homens
que conheço possuem baixa autoestima. Esses dias atrás li em um blog um
experimento social de uma garota que passou a responder elogios de rapazes com
um “eu sei que sou bonita” e foi muito mal aceita, sendo respondida com
palavras horríveis e ofensivas.
Isso me fez pensar, a sociedade já
cria as pessoas para não acreditarem em si mesmas, se você tem autoestima, é
metida, tem nariz empinado, é arrogante e desprezível.
Por outro lado, conheci uma
cosplayer linda, mas muito linda mesmo, que sabe muito bem que é linda e faz
questão de afirmar isso. De forma alguma pensei que ela fosse arrogante, adoro
como o brilho que ela tem faz com que tudo parece mais divertido, sempre que eu
converso com ela acabo rindo bastante .
Sim, eu vou pensar em desistir do
blog, cosplay, games, animes, figures e tudo mais, várias vezes durante os próximos meses, sim
vou questionar o que estou fazendo da minha vida. Mas não é como se eu não
fosse me questionar se eu não tivesse esse hobby e fosse outro tipo de pessoa.
Eu gosto de cosplay, fico feliz em conhecer cosplayers novos e reforçar minha
amizade com os antigos. Estou com projetos novos e sei que eles serão
frustrantes no começo, e como eu disse antes, eu ficaria frustrada em qualquer
outro hobby que eu tiver por conta do que? Da bendita da autoestima.
Então, se for para me sentir bem
ou mal, que seja fazendo algo que, nem que seja por uns instantes, eu fique
feliz e me dê oportunidades de fazer coisas que jamais imaginei que faria.
Faça aquilo que lhe dê vontade, se não fizer mal à outas pessoa, ligue o foda-se e seja feliz.